Tudo bem?
Hoje trago a minha segunda experiência com o Daime.
Aconteceu dia 13 de abril de 2017, foi o trabalho de Semana Santa. A reunião começou por volta das 20h, no mesmo local, na Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal (ICEFLU), em São Lourenço da Mata/PE.
Encontrei as mesmas pessoas e uma ou outra que não estava no trabalho anterior que eu tinha participado.
Esperei esse trabalho com ansiedade, pois era de bailado e bem especial, pelo menos foi a impressão que tive decorrente do que os outros falavam. A duração do trabalho foi de no total 9h, dentro dessas nove horas, duas foram de intervalo para descanso.
A reunião começou com todos tomando a primeira dose de Daime e em seguida rezando o terço.
Após o terço, começamos a cantar os hinários. Todo o trabalho aconteceu em pé, dançando, dois passinhos pra cá e dois passinhos pra lá.
Passou mais de 1 hora de trabalho e o Daime ainda não tinha sentido nenhum efeito
. Continuava cantando e dançando. Até que chegou a hora de tomar a segunda dose. Tomei. Continuei a bailar (dois passinhos pra cá e dois pra lá).
A partir daí o Daime começou a fazer efeito. A minha experiência desse dia foi totalmente diferente da primeira vez. Comecei a ver luzes e imagens psicodélicas, via a calda de um pavão super colorido e de repente as luzes se irradiando. Via vários pontinhos coloridos.
Nesse momento o que eu pensava era que não queria ver isso, pois não estava me trazendo nenhum aprendizado, apenas sensações e se fosse para só ter sensações, não gostaria de estar ali.
Tomei a terceira dose do Daime. Estava surpreso por não ter vomitado ainda, pois da primeira vez, na segunda dose do Daime já coloquei pra fora, não tinha aguentado. Dessa vez estava tranquilo. Porém, após ingerir a terceira dose, tive muitos enjoos e ânsias de vômito. Mas dava pra segurar.
Deixei de ver as luzes e imagens psicodélicas, E aí comecei a vivenciar uma experiência espiritual, sutil, mas interessante. Via a presença de alguns espíritos ao meu redor e em especial um espírito que o rotulam como "preto-velho". Essa entidade estava ao meu lado e me acompanhava naquela madrugada a dentro. Eu estava muito consciente de tudo, em nenhum momento perdi minha consciência.
Foi dado um intervalo para descanso de 2 horas. Nesse tempo fiquei sentado descansando, pois já estava sentindo o cansaço do corpo, de tanto ficar em pé e dançando.
Quando você está participando do Daime, e caso se sinta mal e queira sair pro lado de fora da igreja, pra sentar um pouco, respirar, ou algo do tipo, os fiscais não deixam você ficar muito tempo fora e ficam insistindo para que entre dentro da corrente (dentro do salão).
Voltamos ao bailado.
Tomei a quarta dose do Daime.
Um gosto muito amargo da bebida e o cheiro horrível.
Voltei a bailar.
As ânsias de vômito aumentaram, não estava conseguindo suportar mais. Saí do salão, fiquei no quintal da igreja, me encostei em uma árvore e comecei a vomitar. Foi horrível. A partir desse momento, não parou os enjoos.
Mesmo passando mal, os fiscais não deixavam você ficar muito tempo fora do salão e nem muito menos sentado. Era obrigado a entrar.
Voltei para a corrente.
Dançava. Os pés doiam. O corpo estava cansado.
Já tinha se transcorrido mais de 6 horas de trabalho.
Depois de um tempo, vieram com a quinta dose do Daime. Não tomei.
Estava muito enjoado, já tinha vomitado, o tempo todo estava com ânsias e náuseas. Não iria aguentar tomar outra dose e assim o fiz. Não tomei.
Os trabalhos acabaram por volta das 5h da manhã.
Leia como foi a minha primeira experiência com o Daime, CLIQUE AQUI!
Opinião Pessoal
Só não me arrependi de ter ido, porque precisava conhecer como era o trabalho de bailado, mas não recomendo a ninguém, por causa do cansaço. Um trabalho muito extenso, em pé, dançando, nem todo mundo aguenta e eu sou um desses que não aguentei. A experiência espiritual não compensou. Sobre a primeira vez que fui, o trabalho de concentração foi maravilhoso. Sentado. Tranquilo. Maravilhoso.
Porém o Daime é uma experiência para ampliar a consciência que com certeza nos ajuda com respostas e crescimento espiritual, mas o bailado... não irei mais.
Muita Paz,
José Assis.